segunda-feira, 25 de maio de 2015

A SAGA CREPÚSCULO CONTINUA...

Finalmente, sexta-feira, alguém(extraterrestre) teve a coragem de me chamar pra "conversar" em seu gabinete. Primeiramente, veio elogiando-me sobre meus dotes profissionais, como: saber escrever muito bem, ser uma ótima professora, dar boas aulas etc... Depois veio com uma "NOTIFICAÇÃO" verbal para que eu assinasse, na qual não entendi o motivo, visto que, quem cometeu "um crime" rompendo com parcerias, destruindo com um "patrimônio" sem autorização daqueles que o fizeram, não fui eu, mas a própria extraterrestre. Estou chamando-a deste delicado apelido, porque sou proibida de citar seu cargo, pois tem uma portaria e bla bla bla... entenderam? Inclusive fiz as devidas alterações na crônica anterior e nos comentários também; para não sofrer sansões penais. Esse é o país justo em que vivemos... Aquele que denuncia os desmandes e as injustiças, é que são ameaçados! É o que me restou... mas eu não tenho medo!
Dentro do gabinete, ou melhor, do circo, percebi o quanto somos palhaços, no sentido lato da palavra mesmo. E como gosto de um teatro, aproveitei o ensejo e fiz minha performance. Como é que é? Assinar uma notificação? É mesmo que dizer: sim, eu concordo com toda essa palhaçada!!!! NUNCA! Em alto e bom som, não assinei, só me arrependi de não ter feito um picadinho da 2ª via e jogado pro alto, como se joga confete!!!
Ainda dentro da Arena, a pergunta que não quer calar? Por que a Praça foi destruída? Só não me venha com a desculpa de caramujos africanos e dengue, porque pra mim, essa desculpinha não rola! Desconfio que seja preconceito a etnia. (risos) Mas a insistência nesse pseudomotivo, foi o ponto final de um bate-boca sem precedentes. Seria tão mais honesto dizer a verdade, nada mais que a verdade! Seria tão digno assumir que errou, assim como eu também errei. Pois, apesar de ser uma professora e estar em sala 9 a 8 aulas por dia, numa jornada de 10 aulas/dia. Nesses meus 45 minutos "livre" (ou seja, o único momento que tenho para correção de provas e redações, planejar atividades, e elaborar avaliações para 7 turmas), eu devia "ficar em seu pé" implorando e lembrando de seus afazeres, como enviar ofícios! Mas o engraçado é que quando um subalterno "fica no pé" pedindo as coisas que faltam, e acreditem, não é pouca coisa que falta em uma escola, somos considerados chatos, negativos, pessimistas, incoerentes e acima de tudo, estamos querendo o lugar de alguém! Eita, dá para avisar a nave mãe, que eu já disse zilhões de vezes, que não sirvo para tal cargo! Que não estou para tirar o lugar de ninguém, estou para sonhar, somar, multiplicar, para melhorar minhas aulas e ajudar meus alunos a lerem melhor e escreverem melhor. Por favor, me deixem em paz!!!!
Mas acima de todas os argumentos para consertar a "cagada" que fizeram: disse-me que "iria convocar uma assembleia com a comunidade, para saber o que eles querem e como querem..." Quase tive uma síncope nesse momento. Destrói-se um patrimônio, para depois perguntar o que é melhor fazer? Não seria o inverso, produção?
Que Deus me e nos ajude a vivermos nesse mundo de inversões de valores e de ações desmedidas, onde o melhor é sempre fazer como "eu quero" e dane-se o que o outro pensa, porque dialética no espaço educativo, é para alguns, um diálogo emagrecedor! (Gargalhadas)

Lilian Flores

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